Eu acho que estou entrando em TPM, mas isso não vem ao caso.
Acabei de voltar do show do oswaldo Montenegro, no Olympia. Perfeito, como de costume.
Mas nesse show aconteceu uma coisa muito bizarra e muito diferente:
eu passei o tempo todo sentindo o cheiro de Águas da Prata. É estranho porque nada do Oswaldo me remete àquela cidade. Legião remeteria, talvez, mas Oswaldo? nah...
E foi legal, sabe? Eu gosto quando volta um sentimento gostoso de algum lugar do passado, é bem bacana quando dá, inclusive, pra se prender por alguns instantes nesse sentimento e lembrar de tanta coisa boa.
Águas da Prata sempre vai significar muito pra mim, junto com as pessoas que eu trouxe de lá dentro de mim.
Daí o Oswaldo vem com aquele sotaque lindo de Brasília, eu com a Prata na cabeça. Adivinha só quem veio e ficou comigo, na minha cabeça, o show inteiro? Gus, óbvio.
Eu espero que a esposa dele nunca saiba da minha adoração por ele... se fosse eu, se fosse meu marido, eu matava essa pirralha!
No começo foi amigo, depois namorado, depois a gente passou muito tempo sem se falar (eu o magoei muito mais do que os meus 12 anos podiam calcular). Hoje, fazem 8 anos que a gente não se vê. Ele virou um mito, uma lenda que só eu sei que existe. Um amigo de e-mail, MSN e ligações no meu aniversário. E cada um desses rastros que ele deixa pra me lembrar que ele existe fazem meu dia muito feliz.
Não é adoração, não é pagação de pau. Eu não sei explicar o que é ou de onde vem todo esse carinho, essa saudade que eu tenho dele. Ele sabe exatamente o que é. Ele sempre sabe o que é, sempre sabe "qualéquié" a minha, sempre sabe de tudo. Especialmente sabe quando aparecer e me dizer as coisas certas, nas horas certas. É impressionante!
E o show foi passando, eu curtindo não só o som, mas as lembranças, todas as reflexões sobre o passado e o presente... sobre o futuro não. Eu estou trabalhando minha ansiedade em terapia e não quero e não posso mais pensar só no futuro.
Mesmo porque, que graça tem o futuro? Não aconteceu ainda! Não é incrível?