terça-feira, maio 03, 2005

Essa noite fui dormir tarde. Tinha uns textos pra ler pra aula de hoje. No 3º texto, cansei. Dormi. Sonhei com o homem em quem pensava enquanto lia: Dr. Freud
Estava jovem de novo, tranquilo, impassível. Sentou-se na minha frente, pediu um chopp pra me acompanhar. "Noite linda, não acha", disse com seu sotaque marcado.
Seu chopp chegou, ele começou a falar:
- Sabe, Phe, eu vim aqui hoje porque achei importante te dizer umas coisas que eu sempre pensei, mas não pude colocar na teoria.
- Como assim, Dr.?
- Sigi, por favor. Bom, a primeira coisa a dizer é que nem tudo nessa vida pode ser avaliado. Nem tudo tem que ser trabalhado, recalcado e sublimado, essas bobagens. Às vezes ligar o foda-se é muito mais fácil, mais tranquilo e soluciona perfeitamente o caso.
- E como se faz isso?
- Fácil! (nesse momento apareceu uma alavanca em cima da mesa, escrito FODA-SE embaixo. Coisas de sonhos...)
- Muito engraçadinho, Sigi... Esquece, vai. Que mais?
- Tem também a parte da ab-reação e catarse. Eu adoro a leitura que você e suas amigas tem disso. Eu mesmo aloprava o Breuer com a mesma brincadeira!
(rimos)
- Phezinha, entenda uma coisa: a vida não tem que ser levada a sério. Não adianta, ela nem foi feita pra isso... GARÇOM! TRAS MAIS DOIS!
Rimos mais. Ele virou esse segundo chopp e de repente ficou sério.
- Phe, eu tenho o poder e o consentimento divino de te contar o final de LOST. Tá a fim?
Parei. Gelei. Dr. Freud, Sigi, estava lá querendo me contar o mais valioso segredo do universo e eu estava estática. Pensei, soltei um sincero suspiro e disse:
- Nem, bodeia. Eu espero!
- Ok! Assim seja. Eu preciso ir porque minha mãe está esperando.
Levantou-se, sorriu. Estava indo embora, quando voltou o rosto pra mim e disse, quase sussurando:
- Ah, não quebre mais as Regras Divinhas, sim?