domingo, fevereiro 20, 2005

A Leda batizou o meu outro eu (aquele eu que faz todas as coisas que eu não devia) de Karina.
Então eu vou tentar explicar quem é a Karina:
Em primeiro lugar, Karina é ruiva, mas fora isso fisicamente ela se parece muito comigo.
A Karina bebe bem. Eu sou resistente, mas a Karina é impressionante! Até ela vomitar e voltar a ser eu DEMORA MUITO. Na verdade isso quase nunca acontece, assim como eu, ela detesta vomitar. Ela costuma dormir e eu acordo de ressaca.
Aliás, a Karina é a grande responsável pelas minhas ressacas morais. Ela é meio irresponsável e nunca leva em consideração o meu contexto social. E ela sempre faz o que quer, e eu nem tento impedir porque eu sei que ela fica muito triste quando eu a bloqueio. Daí ela se vinga.
Porque Karina é vingativa. Eu guardo o rancor e ela se vinga. 'Eu não sou má, eu sou justa', diz ela com um sorriso maroto no rosto.
Ela odeia mentir, apesar de achar que, as vezes, mentiras já a salvaram a pele. E a minha também, afinal.
A Karina ama todo mundo. Todo mundo é amigo, todo mundo a aceita. Ela acha que todo mundo tem que entender quando ela resolve cumprimentar todo mundo com um selinho.
A Karina ama chocolate e cerveja. Karina fica muito chata quando eu estou de TPM. Ela não consegue comer quando tem gente mastigando de boca aberta perto dela. Ela é noveleira que nem eu.
Karina me apóia em tudo. Até mesmo quando eu não quero ser apoiada... Eu é que estou sempre discordando dela.
Karina nunca se arrepende. Eu sempre me fodo por isso. A vantagem é que ela nunca faz nada que o mundo vá crucificar. Quem a crucifica sou eu. Apesar de que ela tenha me ensinado muito ultimamente sobre 'ligar o foda-se'. Ela está sempre me ensinando. E eu a ela.
Freud diz que a Karina é aquela pessoa que eu rejeito. Não é bem assim... ela é gente boa! Irresponsável, chata, inconseqüente, mas muito gente boa!