domingo, agosto 28, 2005

Pulsão de morte + Pulsão de vida = Compulsão de consumo.


e tenho dito

terça-feira, agosto 23, 2005

Me sentindo uma estudante de psicologia de verdade... finalmente.
Minhas duas últimas compras foram:

- Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, Paulo Delgalarrondo
- Adolescência Normal - Um enfoque psicanalítico, Arminda Aberastury e Mauricio Knobel.


eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

segunda-feira, agosto 22, 2005

Agora sim eu sei qual é a minha.



Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente nem vive
Transformar o tédio em melodia...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno
anti-monotonia...

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...


te amo.

quarta-feira, agosto 10, 2005

A Rita (...)


"(...)Levou seu retrato, seu trapo, seu prato
Que papel!
Uma imagem de são Francisco
E um bom disco de Noel."

Problema seu, Chico.
A Rita me devolveu o CD do Pet Shop Boys, o DVD do Dogville, meu "Obras Completas" e ainda falou que quando achar meu moleton do SOS Mata Atlântica, me liga pr´eu ir la pegar.

Valeu, Rita-goida! :oP

sexta-feira, agosto 05, 2005

A Fada e o Morro


Ontem foi dia de terapia. Pra quem não sabe, por motivos financeiros, arrumei uma psicóloga na Freguesia do Ó (relação custo-benefício imbatível).
Bom, eu tinha dormido na casa do namo, porque ele está doente. Ele mora na Vila Mariana. Eu tinha que ir até minha casa no Sumaré pegar o cheque para pagar a psicóloga, pegar um ônibus até a Lapa, de lá pra Freguesia, como de costume.
Teoricamente, dava tempo. Só que ficamos assistindo a CPI do Mensalão (o melhor reality show da atualidade) e perdi a noção do tempo. Minha terapia é às 15:30.
Saí correndo às 14:00 da Vila Mariana, peguei o metrô da Ana Rosa até o Vila Madalena, corri 3 quarteirões até minha casa, peguei o cheque, troquei de roupa (sem tomar banho...), saí correndo até o ponto de ônibus mais próximo na Heitor Penteado para pegar o ônibus Lapa. O busão chegou às 15:10. Eu já estava atrasadíssima, mas firmeza.
Até a Lapa dá uns 15 minutos. OK, ponto final do Lapa, andei até a Guaicurus para pegar QUALQUER ônibus que passe na Av. Itaberaba, Freguesia do Ó, onde fica minha psicóloga. Todos os ônibus que passam na Guaicurus que dizem que passam na Itaberaba servem. Menos um: O Brasilândia 8542. Tem também o Brasilândia 975A, mas esse vai até a Itaberaba. Ambos são verdes.
Já eram 15:30, mais ou menos, eu estava morrendo de pressa, porque até a Itaberaba dá um pouco menos de 10 minutos. Entrei no Brasilândia, nem olhei número nem nada, na pressa...
"Ufa! Vai dar tempo!" Então eu notei que o ônibus começou a fazer um caminho diferente do que eu estava acostumada. Na Av. Inajar de Souza, onde era pra ele ter pego um retorno para a Rua Javoraú, ele foi reto... reto... reto... e não parava mais. "Ele tem que pegar a Itaberaba, tava escrito Itaberaba, ele vai entrar em algum momento na Itaberaba..."
E o busão ia... virava aqui, virava lá... Depois de uns 20 minutos, ele entrou na Itaberaba. "BOA!! Eu espero ele chegar perto do consultório e desço!" Durante esse pensamento (mais ou menos 0,01s) ele saiu da Itaberaba e virou em outra rua.
Então começou o pesadelo. O ônibus começou a entrar no meio de um lugar muito feio. O comércio começou a diminuir, restando apenas uma meia dúzia de botecos escuros. Rua sobe, rua desce, dava pra ver São Paulo inteira. E aquela gente bem encarada, de boné de tricot...
Eu estava no meio do morro, na Vila Brasilândia, às 16:30, sem celular, sem o telefone da psicóloga, sem cartão telefônico, de batinha rosa, calça jeans, salto e cara de desespero.
Foi no meio do pânico que eu vi, vindo na direção contrária à minha o ônibus Barra Funda, que EU SEI que passa na Itaberaba. Desci no próximo ponto, atravessei a rua, (quase de terra) e esperei mais uns 20 minutos pelo próximo e entrei. Salva, mas não muito sã.
Cheguei finalmente à Itaberaba, às 17:00. Minha psicóloga estava atendendo outra pessoa (ÓBVIO). Cheguei na secretária pra entregar o cheque e aproveitei pra desabafar o trauma: "Nossa, você não sabe, eu peguei o ônibus errado, fui parar no meio do morro na Vila Brasilândia..."
E ela: "Ah, o pessoal lá é gente boa, eu moro lá." Acabando assim com o meu desabafo.
Sem ter mais o que dizer, fui embora.